Monday, March 7, 2011

Reasoning

Apesar de parecer outra vida, lembro-me do período de Março a Dezembro de 2010... Who am I kidding? O que se passou o ano passado vale por muito mais que 12 meses. 2010, pronto.

Não consigo evitar pensar que o cliché comes full circle: some things do happen for a reason. O ano passado envolveu, claramente, conhecer duas pessoas que exponenciaram a minha dependência de amores platónicos.

A segunda foi mais complicada, e hoje, quando fui ao Skype para me apresentar para um tal simulador de mercados financeiras, onde já fiz questão de perder 20 mil euros (virtuais), tive a sorte, sim sorte, de apanhar o histórico duma das mil e uma conversa que tivemos.

Já me tinha esquecido porque é que foi tão lógico, porque é que fez tão sentido, e porque é que eu acreditei tanto que essa relação, com alguém que vive em Barcelona, ia resultar. Depois da devastação que foi quando tudo acabou, a principal questão acabou por ser, porque raio eu, a pessoa mais céptica, fria, solitária e críptica que conheço, fui capaz de me expôr a tudo o que se passou, de dar uma volta de 180º no meu modelo de vida, de pôr em questão o que queria fazer na vida, tudo em função da utopia mais intensa que vivi.

Acabei por conseguir pôr essa dúvida que me atormentou, juntamente com a já familiar "porquê a mim?", debaixo do tapete. Mas hoje, levei duas chapadas na cara. Há pessoas simplesmente espectaculares e fascinantes no mundo. Que, mais tarde, encontram outras pessoas compativelmente espectaculares e fascinantes. Não vale a pena convencermo-nos que não o são, a não ser que realmente sejamos aqueles casos mais unfortunate que tendem a ir atrás de pessoas claramente erradas.

Mas eu não sou desses. Tem o seu lado mau, porque, afinal de contas, não temos uma desculpa quando tudo se desmorona. Mas quem é que disse que tem que haver uma desculpa?

Porque é que existe a tendência a encontrar um culpado? Para mim é fácil distribuir papéis como se a minha vida fosse uma peça de teatro. Os bons, os maus, os cabrões, os traidores, os surpreendentes, e o do culpado, que tende sempre a ocupar muitas páginas. Demasiadas.

Não é preciso arranjar desculpas, nem culpados.

Prometo que não escrevi este post a pensar nesta música, mas é, realmente, uma belíssima punchline. E uma das minhas músicas preferidas, se bem que algo recente. Boa noite.

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